quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Eu me pergunto o que pensaria Donald Watson, fundador da Vegan Society

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 20 de fevereiro de 2011

Caros(as) colegas:
Vocês, que leem este site (vejam 1, 2) e conhecem meu trabalho em geral, sabem que eu considero Donald Watson (1910-2005), fundador da Vegan Society na Grã Bretanha, uma pessoa notável e uma das mentes mais iluminadas do século 20. Escrevi o verbete sobre Watson para a recém publicada Cultural Encyclopedia of Vegetarianism. Este site também tem um texto de Eva Batt (1908-1989), que desempenhou um importante papel nos primórdios e ao longo da história da Vegan Society. Embora eu não entre em organizações e, portanto, não seja membro da Vegan Society e não receba sua revista The Vegan regularmente, fui entrevistado na The Vegan e escrevi um artigo para essa publicação.
Então, é com surpresa e grande decepção que relato o seguinte.
Após receber alguns e-mails de veganos do Reino Unido, que estavam preocupados com determinados textos na The Vegan escritos por um autor que defende a postura de que devemos desviar nosso foco do veganismo e do especismo porque isso aliena as pessoas, eu solicitei que a Society me mandasse uma cópia em PDF desses textos, já que a revista só está disponível em papel e não on line. A Society generosamente respondeu e me mandou o material pela internet.
Notei que, além dos textos sobre os quais alguns membros expressaram preocupação, a edição mais recente da The Vegan continha uma resenha feita por Rob Jackson, o encarregado da parte de educação da Vegan Society, de meu novo livro, em coautoria com o professor Garner, The Animal Rights Debate: Abolition or Regulation?. Um foco central do livro é meu argumento de que o ativismo de educação vegana criativa e não violenta é a mais importante forma de mudança incremental, e que um movimento que queira abolir o uso de animais deve focar seus esforços exclusivamente no veganismo. Garner argumenta que a educação vegana é importante mas ele apoia as campanhas por reformas do bem-estar, as quais eu rejeito por várias razões teóricas e práticas. Também reprovo os fenômenos “flexitarianismo” e “carne feliz”; Garner acredita que essas coisas representam progresso.
Deixem-me ser bem claro: Mr. Jackson não disse nada de negativo sobre o livro e eu não ligaria se ele dissesse. Mas sua resenha do livro não mencionou o veganismo nenhuma vez. Não estou brincando. Nenhuma vez.
Francamente, dizer que Mr. Jackson ignorou a questão essencial do livro seria um eufemismo. Embora alguns “resenhistas” leiam apenas as primeiras páginas do livro que estão “resenhando”, se Jackson tivesse lido só a introdução e não o livro em si, ele teria visto, mesmo ali, que o tema central do debate é se um movimento que busca reivindicar os direitos animais deve ser realmente um movimento vegano ou deve ser um movimento pela reforma do bem-estar. No livro, eu critico as organizações grandes de defesa animal por não tomarem a posição de que o veganismo é a base moral inequívoca.
Mas não há sequer um único sinal na The Vegan, a revista da Vegan Society, de que o livro é um debate sobre se uma teoria de direitos animais coerente requer o veganismo e a defesa vegana. Sinto muito, mas isso é absolutamente peculiar.
E depois, conforme fui olhando outras coisas na revista, vi algo que achei ainda mais desconcertante e mais perturbador.
Na página 3 da The Vegan encontra-se um anúncio do Lancrigg Vegetarian & Organic House Hotel and Green Valley Cafe & Restaurant. O Lancrigg está descrito como “um refúgio de paz & inspiração”. Há uma bela foto dele, que fica no Lake District, na Inglaterra. Fui à página do restaurante do Lancrigg e vi que os fregueses podiam tomar café da manhã que incluía ovos escalfados e doces dinamarqueses caseiros feitos com queijo orgânico local. Baixei a amostra do cardápio e vi itens de jantar que incluíam diferentes queijos, maionese, sorvete, cheese cake, etc.
Continuei explorando e vi que pelo menos mais dois lugares não veganos estavam anunciados na seção de classificados.
Fiquei confuso. Há algum tempo, critiquei o grupo Viva! por promover o Lancrigg (assim como outros restaurantes/pousadas não veganos) e por vender livros de culinária não veganos. Embora o grupo Viva! alegue ser uma organização vegana, ele promove explicitamente o vegetarianismo e afirma que o veganismo é difícil e intimidador, e promove campanhas por reformas do bem-estar. Mas a Vegan Society?
Donald Watson cunhou a palavra “vegan” e fundou a Vegan Society em 1944 precisamente por que queria enfatizar que não comer carne não bastava. Ele queria apagar a linha arbitrária que separava a carne de tudo mais. Nas palavras do próprio Watson:
A desculpa de que não é necessário matar para obter laticínio é indefensável para aqueles que têm conhecimento dos métodos de criação de animais de fazenda e da competição que até mesmo os fazendeiros humanitários devem enfrentar se quiserem manter seu negócio.
Durante anos, muitos de nós aceitaram, enquanto lactovegetarianos, o fato de que a indústria da carne e a indústria do laticínio estavam inter-relacionadas, e que uma subsidiava a outra de diferentes modos. Aceitamos, portanto, que o argumento ético pelo desuso dessas comidas era excepcionalmente forte, e tivemos a esperança de que, mais cedo ou mais tarde, uma crise de consciência nos libertasse.
Agora essa liberdade veio até nós. Tendo seguido uma dieta isenta de todos os alimentos animais por períodos variando de algumas semanas, em alguns casos, a muitos anos, em outros, acreditamos que nossas ideias e experiências estejam suficientemente maduras para ser registradas. A inquestionável crueldade associada à produção de laticínio deixou claro que o lactovegetarianismo é um estágio transicional, e ainda muito incompleto, entre comer carne e uma dieta verdadeiramente humanitária e civilizada, e cremos, portanto, que, durante nossa vida na Terra, devemos tentar evoluir o suficiente para fazer a “jornada completa”.
Então, como a Vegan Society pôde anunciar um restaurante que servia os mesmos itens que, de acordo com Watson, não eram diferentes da carne?
Fui à página da Vegan Society no Facebook e postei um comentário para iniciar a discussão do tema.
Logo depois que iniciei a discussão, Amanda Baker, relações públicas e encarregada da mídia e da web da Vegan Society, respondeu, em parte:
A aceitação dos anúncios (inclusive encartes) para a revista The Vegan não implica endosso.
Temos dois tipos de output. Um se trata de declarações/impressos/comunicados à mídia, emitidos pela The Vegan Society. O outro tipo é exemplificado pelas nossas páginas no Facebook e pela revista The Vegan.
Na revista temos a seguinte advertência:
“As opiniões expressas na The Vegan não refletem necessariamente as do editor ou do conselho da Vegan Society. Nada que está impresso deve ser interpretado como a política da Vegan Society, a menos que esteja declarado o contrário.
Essa resposta me deixou ainda mais estupefato do que quando vi o anúncio. Na verdade, achei essa resposta ofensiva e semelhante ao tipo de absurdo que todos nós frequentemente ouvimos de nossos políticos em ambos os lados do Atlântico.
Posso entender que se diga que publicar um texto de um autor convidado não implica, necessariamente, um endosso dos pontos de vista desse autor. Tudo bem. Mas é simplesmente para lá de tolo dizer que a “aceitação dos anúncios (inclusive encartes) para a revista The Vegan não implica endosso”. É claro que implica. Se a Vegan Society acha que alguém lendo a The Vegan não pensa que o anúncio incentiva as pessoas a irem comer no restaurante Lancrigg, então a Vegan Society está se iludindo. Se a Vegan Society não acha que um anúncio como esse reforça a ideia que Watson explícita e muito corretamente rejeitava— a ideia de que não podemos fazer uma distinção moral coerente entre a carne e os outros produtos animais—então, de novo, a Vegan Society simplesmente não está sendo realista.
Além do mais, não faz sentido afirmar que a Vegan Society só está dizendo que é aceitável ir ao Lancrigg para comer itens veganos. Por essa linha de raciocínio, a Vegan Society poderia, como fazem alguns grupos de defesa animal supostamente pró veganos, vender livros de culinária com receitas envolvendo ingredientes animais contanto que também houvesse algumas receitas veganas.
Mas seja o que for que os leitores possam ou não possam achar que o anúncio está implicando, por que a Vegan Society—a sociedade formada em 1944 precisamente para rejeitar a distinção entre a carne, o laticínio e os outros produtos animais, e para promover o fim do consumo de todos os produtos animais—está publicando anúncios de um restaurante que serve laticínios?
Eu também postei sobre esse tema na página do Abolitionist Approach no Facebook. Em um de meus comentários, declarei que supunha que a Vegan Society não aceitaria um anúncio de um restaurante que servisse carne e, portanto, não fazia sentido aceitar um anúncio de um restaurante que servisse laticínio. Uma pessoa alegando ter sido funcionária da Vegan Society respondeu que a política da Vegan Society era que ela aceitaria um anúncio de um restaurante que servisse carne contanto que ele tivesse uma opção vegana. Eu não sei qual a política da Vegan Society quanto a essa questão, e perguntei. Colocarei um postscriptum neste texto, se for necessário, quando obtiver uma resposta. Deveria bastar dizer, entretanto, que mesmo que a Vegan Society pusesse um anúncio de uma churrascaria que tivesse uma opção vegana, isso significaria que eles não estavam distinguindo carne de laticínio e obviamente levantaria um problema geral, igualmente sério, quanto a uma organização vegana aceitando dinheiro para promover empreendimentos que servem ou vendem carne e laticínio.
Por enquanto, estou lidando com uma questão: o problema da The Vegan ter um anúncio de um restaurante que serve laticínio. Acho que isso conflita clara e explicitamente com a própria base e razão para a fundação da Vegan Society em 1944.
Que uma sociedade iniciada por uma das mentes visionárias do século 20 esteja indo nessa direção me entristece profundamente. Donald Watson foi claro sobre o que significava veganismo. Embora ele enfatizasse a dieta vegana, também não usava couro nem lã. Também evitava matar minhocas quando trabalhava no jardim. Também era comprometido com a não violência e foi um objetor de consciência durante a segunda guerra mundial. Era uma pessoa séria, com uma filosofia séria que não parou nos animais não humanos e se estendeu à vida em geral.
Embora Watson não discutisse explicitamente o conceito de direitos animais, nem entrasse em questões de reforma do bem-estar, nem discutisse a condição dos animais como propriedade e como isso necessariamente restringiria os padrões de bem-estar, nem distinguisse questões de uso e questões de tratamento, nem defendesse o fim de toda domesticação, eu considero Watson um abolicionista simplesmente por ele ter reconhecido que não havia distinção entre a carne e os outros produtos animais e que não podíamos justificar o uso e o consumo de nenhum produto animal. Esse é o porquê de eu dizer que o veganismo está no cerne da abolição.
Discutindo essa questão com uma amiga, comentei: “Pobre Watson. Agora eles vão colocar mulheres nuas na The Vegan.” A resposta dela: “Olhe o website. Eles já têm uma lá.” Visitei o website outra vez e notei uma mulher aparentemente nua, com uma cesta de frutas e vegetais na frente do peito.
Por que isso? Será que a Vegan Society realmente pensa que alguém vai se tornar vegano por causa de uma imagem de uma mulher nua abraçando uma cesta de produtos vegetais? Ou isso é um mero “também tô nessa” de baixo nível, para mostrar apoio ao sexismo que parece caracterizar toda e qualquer campanha da PETA?
Donald Watson merecia mais que isso, e desejo sinceramente que a Vegan Society retorne a suas raízes e não sucumba a virar apenas outro “grupo de defesa animal” que promove autores que pensam que falar sobre veganismo aliena as pessoas, resenha um livro sobre veganismo mas deixa de mencionar que é sobre veganismo, promove o sexismo, ou toma a posição de que um anúncio de um restaurante ou empreendimento que serve produtos animais não implica nenhum endosso, ou recebe dinheiro para anunciar ou promover um empreendimento desse tipo, seja o que for que isso pretenda implicar.
Eu prontamente admito que há casos difíceis em que, mesmo se a pousada Lancrigg Inn fosse exclusivamente vegana, ela poderia pertencer a indivíduos que exploram animais, ou a uma corporação que explora animais. Acho que há algumas questões complicadas, pois existem muito poucos produtos veganos onde não haja uma empresa matriz ou subsidiária não vegana por trás. É uma trágica consequência da corporatização do nosso mundo e, na minha opinião, milita contra depender demais de qualquer renda obtida com anúncios. Mas aqui o problema não é complicado. O restaurante em questão serve produtos não veganos e a Vegan Society está anunciando o restaurante. Considero isso problemático pelas razões que discuti aqui.
Eu imagino que a Vegan Society pudesse publicar uma “lista de conveniência” dos lugares que têm opções veganas para viajantes, embora eu ache que, mesmo nesse caso, a Society deveria deixar claro que essa lista é apenas para a conveniência dos leitores e que a Society não encoraja, de modo algum, as pessoas a irem a estabelecimentos que sirvam algum produto animal. Mas anunciar os restaurantes ou empreendimentos que servem produtos animais é, na minha opinião, profundamente preocupante.
Em todo caso, se a Vegan Society necessita do dinheiro de empreendimentos que vendem produtos animais para realizar a The Vegan, então eu acho que ela deveria considerar fazer a revista exclusivamente em versão eletrônica, o que cortará custos.
Espero que meus amigos na Vegan Society considerem minhas opiniões como oferecidas com o maior respeito pelos valores que, creio eu, Donald Watson representava, e espero sinceramente que a Society reflita escrupulosamente esses valores.
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Se vocês não forem veganos(as), tornem-se veganos(as). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer. Vocês nunca farão mais nada tão fácil e tão gratificante em suas vidas.
Gary L. Francione
© 2011 Gary L. Francione
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Adendo - 21 de fevereiro de 2011:
Janet Whittington, proprietária do Lancrigg Vegetarian & Organic House Hotel and Green Valley Cafe & Restaurant, respondeu na página da Vegan Society no Facebook. Por favor, notem que a Ms. Whittington alega que seu comentário foi “removido” do meu site. Não é verdade. A seção de “comentários” do www.abolitionistapproach.com nunca foi ativada, então o comentário dela não foi removido porque não poderia ter sido postado, em primeiro lugar. O comentário dela está acessível através da palavra respondeu, lincada acima.
Em todo caso, a Ms. Whittington apresenta uma pergunta & resposta de Donald Watson:
Pergunta: Você tem alguma mensagem para os vegetarianos?
Resposta: Aceitem que o vegetarianismo é somente um passo entre comer carne e o veganismo. Pode haver veganos que fizeram a mudança em um salto apenas, mas estou certo de que, para a maioria das pessoas, o vegetarianismo é uma etapa necessária. Ainda sou membro da Vegetarian Society para me manter em contato com o movimento. Fiquei contentíssimo por saber que, na conferência vegetariana mundial em Edinburgh, a dieta foi vegana e os representantes não tiveram escolha. Essa sementinha que plantei há 60 anos está fazendo sentir sua presença.
Sim? E daí? O que isso diz sobre se a VEGAN Society deveria publicar anúncios pagos promovendo restaurantes que servem laticínios? Resposta: Absolutamente nada. Segundo o raciocínio da Ms. Whittington, The Vegan deveria ser repleta de páginas e mais páginas de anúncios de leite, sorvete, queijo, etc., e de anúncios de restaurantes não veganos, como o Lancrigg.
Watson estava apresentando uma ideia simples: a maioria das pessoas trata o vegetarianismo como um passo para o veganismo. Isso pode ser verdade, e pode haver todo tipo de razões para isso, inclusive o fato de que as organizações de defesa animal têm tradicionalmente distinguido entre a carne e o laticínio, e têm tratado o laticínio como menos objetável, moralmente, do que a carne. Mas essa distinção é precisamente o que Watson rejeitava em 1944, quando formou a Vegan Society e cunhou “vegan”. As organizações de defesa animal continuam, até hoje, a caracterizar o veganismo como difícil e intimidador. Isso também contribui para o problema.
Mas nada disso significa que a Vegan Society deveria estar promovendo o vegetarianismo. De novo: se esse fosse o caso, então The Vegan deveria ser absolutamente cheia de anúncios de laticínios para incentivar os comedores de carne a darem o “passo” do ovolactovegetarianismo.
Por favor, observem que Watson expressa contentamento pelo fato de que os representantes da conferência vegetariana mundial “não tiveram escolha” a não ser consumir produtos que não tinham origem animal. Ele não disse “isso foi uma tragédia para as pessoas que ainda veem o vegetarianismo como uma etapa” ou “eles deveriam ter atendido também as pessoas que queriam laticínio”. Não. Ele estava feliz que os representantes não puderam obter comidas com ingredientes animais–como podem fazer no Lancrigg.
Continua a Ms. Whittington:
Nosso cardápio, sendo mais do tipo vegano com vegetariano “para inglês ver”, está do lado totalmente oposto à carne e peixe com vegetariano “para inglês ver” e vegano “com dificuldade”, que se encontra em 99% dos restaurantes, e apreciaríamos um apoio, já que esta é uma rota difícil de seguir.
Questões morais fundamentais não são uma questão de porcentagem. Uma loja que vende mais pornografia infantil é, em um sentido, pior do que uma loja que vende menos. Mas deveríamos ter tolerância zero para a pornografia infantil, e seria absurdo dizer que uma loja que vende “só um pouquinho” de pornografia infantil é OK e deveria ser apoiada pelos defensores dos direitos das crianças como sendo “um passo”.
O mesmo vale para produtos animais. Se realmente acreditamos que os animais são membros iguais da comunidade moral e não são coisas, então não podemos justificar moralmente o fato de os tratarmos, do modo que for, como nossos recursos.
Essa é a posição da Vegan Society ou não?
Ms. Whittington declara:
Entendo que os puristas sejam necessários e também acho que todo movimento em direção ao ideal é uma coisa boa.
“Puristas”? Isso diz tudo, não?
Não, Ms. Whittington, “veganos”. Não “puristas”. Simplesmente “veganos”.
Conforme mencionei acima, muitas organizações de defesa animal reforçam a ideia de que o veganismo é difícil ou intimidador. O Lancrigg tem a oportunidade de mostrar às pessoas que esse não é o caso, e que ser vegano não requer nenhum sacrifício. Absolutamente nenhum. Mas, em vez disso, o Lancrigg escolheu perpetuar a noção de que uma culinária excelente requer sofrimento, morte e exploração.
Lamento que o Lancrigg tenha escolhido fazer isso. Mas, de novo, não acho que isso justifique, de modo algum, o fato de a Vegan Society anunciar restaurantes que servem laticínio. Na realidade, eu acho que os comentários da Ms. Whittington apoiam meu ponto de vista, e não o refutam.
Certamente espero que a Vegan Society se considere uma representante daquilo a que a Ms. Whittington se refere como “purista”. Senão, talvez ela deva se fundir à Vegetarian Society, já que não haverá nenhuma diferença.

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Tradução: Regina Rheda