Caros(as) colegas:
Neste Comentário, discuto três questões.
Primeiro, falo sobre meu novo livro, The Animal Rights Debate: Abolition or Regulation?, escrito em coautoria com o professor Robert Garner e publicado pela Columbia University Press.
Esse livro foca no debate em curso na comunidade da defesa animal: devemos buscar a reforma do bem-estar como um meio para o fim de alcançar os direitos animais? Eu argumento contra a reforma do bem-estar; Garner argumenta a favor.
Segundo, há duas semanas, em 26 de outubro de 2010, lançamos o fórum Abordagem Abolicionista, um espaço onde pessoas interessadas podem discutir as questões teóricas concernentes à abolição e ao veganismo, e ideias práticas para a educação vegana criativa e não violenta, assim como trocar informações sobre nutrição, comida vegana, criar crianças veganas, etc.
Até agora temos mais de 200 membros e as discussões estão ótimas. Há apenas duas regras: discurso respeitoso e civilizado, e não promover a violência.
Se você estiver interessado em aprender mais sobre a filosofia vegana e a abordagem abolicionista dos direitos animais, considere juntar-se ao Fórum.
Terceiro, apresento uma resposta a Nicolette Hahn Niman, do Niman Ranch, que vende carne “feliz” que, segundo o website, provém “de animais criados de modo humanitário em ranchos e fazendas familiares sustentáveis nos Estados Unidos”.
Em um artigo recente publicado em The Atlantic, Dogs Aren’t Dinner: The Flaws in an Argument for Veganism [Cachorros não são jantar: as falhas de um argumento pró veganismo], Ms. Niman nega que sofremos de esquizofrenia moral quando tratamos alguns animais como membros de nossas famílias mas enfiamos garfos em outros. A análise dela, em poucas palavras, é que, como questão cultural, com os cachorros nós temos uma relação diferente da relação que temos com os porcos.
É precisamente esse o problema: como questão cultural, tratamos alguns não humanos sencientes como coisas e outros como pessoas. Mas normas culturais não podem servir como justificativa para normas culturais! Se pudessem, então o racismo, o sexismo, e todos os tipos de discriminação e de violação dos direitos humanos seriam justificados.
Espero que você aprecie o Comentário.
Se você não for vegano, por que não é vegano? Não é necessário, de modo algum, para os humanos, explorar os não humanos. Então por que fazer isso? Tornar-se vegano é fácil; é melhor para a sua saúde; e, mais importante ainda, é o mínimo que você pode fazer para considerar os animais como seres com valor moral.
Se você for vegano, então eduque os outros de um modo criativo e não violento.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda