sábado, 25 de dezembro de 2010

Um pensamento simples para o Natal de 2010

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 25 de dezembro de 2010

Nunca teremos paz na Terra enquanto tivermos sofrimento e morte sobre nossas mesas ou nossos corpos.
A paz começa com o que você come, veste, usa.
Ser vegano(a) não é suficiente para levar uma vida não violenta – mas é certamente necessário.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Não, o veganismo ético não é extremista

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 22 de dezembro de 2010

Caros(as) colegas:
Não há nada de extremista no veganismo ético.
O que é extremista é comer carne em decomposição e secreções de animais.
Extremista é que consideramos alguns animais membros da nossa família, enquanto enfiamos garfos nos cadáveres de outros animais.
Extremista é pensar que é moralmente aceitável infligir sofrimento e morte a outras criaturas sencientes simplesmente porque apreciamos o sabor dos produtos animais ou porque gostamos da aparência das roupas feitas a partir de animais.
Extremista é que dizemos reconhecer que o sofrimento e a morte “desnecessários” não podem ser justificados moralmente e daí participamos diariamente da exploração completamente desnecessária dos animais.
Extremista é fingir abraçar a paz enquanto fazemos da violência, do sofrimento e da tortura uma parte diária das nossas vidas.
Extremista é que censuramos gente como Sarah Palin, Michael Vick e Mary Bale como sendo os vilões, enquanto continuamos comendo, usando ou consumindo produtos animais.
Extremista é que dizemos nos importar com os animais e acreditar que eles são membros da comunidade moral, mas patrocinamos, apoiamos, incentivamos e promovemos os esquemas de selo e rotulagem de carnes e laticínios “felizes”. (Vejam 1, 2, 3, 4).
Extremista é não comer carnes mas continuar consumindo laticínios, quando não há absolutamente nenhuma distinção racional entre a carne e o laticínio (ou outros produtos animais). Há tanto sofrimento e morte nos laticínios, ovos, etc. quanto na carne.
Extremista é que temos uma dieta que está causando doenças e resultando em desastre ecológico.
Extremista é que encorajamos nossas crianças a amarem os animais, ao mesmo tempo em que lhes ensinamos que aqueles que elas amam também podem ser aqueles que elas prejudicam. Ensinamos a nossas crianças que amar é consistente com tratar como mercadoria. Isso é verdadeiramente extremista — e muito triste.
Extremista é a fantasia de que encontraremos nosso compasso moral com respeito aos animais enquanto eles estiverem em nossos pratos e nossas mesas, ou sobre nossos corpos e em nossos pés.
Não, o veganismo ético não é extremista. Mas há muitas outras coisas, para as quais nem prestamos atenção, que são extremistas.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A abordagem abolicionista dos direitos animais na China!

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 17 de dezembro de 2010

Caros(as) colegas:
Vários de vocês escreveram para perguntar sobre a introdução da teoria abolicionista em países como a República Popular da China. Bem, eis uma foto do meu livro Introduction to Animal Rights: Your Child or the Dog?, traduzido e publicado na China pela Editora da Universidade Chinesa de Direito e Ciências Políticas, em Beijing. A universidade tem uma das faculdades de Direito mais conceituadas daquele país:

O panfleto com a abordagem abolicionista também está disponível em chinês.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Odeio dizer isto, mas Sarah Palin está certa: uma resposta a Aaron Sorkin

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 9 de dezembro de 2010

9 de dezembro de 2010
Aaron Sorkin
The Huffington Post
Caro Sr. Sorkin:
Em um recente post de blog no The Huffington Post, você critica Sarah Palin, que você cita como declarando o seguinte, em resposta a críticas ao fato de ela caçar e matar uma rena em seu reality show na TV:
“A menos que você nunca tenha usado calçados de couro, nunca tenha sentado numa poltrona de couro ou nunca tenha comido carne, poupe sua condenação.”
Você reconhece que come produtos animais e tem calçados e mobília de couro, mas alega ser capaz de se distinguir da Sra. Palin. Você lhe diz:
Você não estava matando aquele animal para comida ou abrigo ou mesmo moda, você o estava matando para se divertir. Você aprecia matar animais. Eu posso fazer a distinção entre nós dois, mas, por mais que tenha tentado, não consigo fazer uma distinção entre o que você é paga para fazer e o que Michael Vick foi preso por fazer. Sou capaz de fazer a distinção sem nenhuma pontada de hipocrisia, muito embora fique feliz toda vez que alguém dessa sua turma de falsos machos com merda na cabeça atira acidentalmente na cara de outro da turma.
Perdão, Mr. Sorkin. Não consigo pensar em nem mesmo uma única coisa que Sarah Palin alguma vez tenha dito, com a qual eu concorde. Nunca concordei com ela. Realmente. Nunca. Mas, quanto a isto aqui, ela está totalmente certa e você totalmente errado.
Você faz objeção ao fato de ela matar a rena porque matar era desnecessário; ela matou porque apreciava matar.
E por que você come carne e outros produtos animais?
Essa é uma pergunta retórica. Há apenas uma resposta: porque você aprecia comê-los.
Não há nenhuma necessidade envolvida. Você não necessita comer produtos animais para ter uma vida otimamente saudável. De fato, todo dia as pessoas ligadas à assistência médica “mainstream” nos dizem que os produtos animais são nocivos à nossa saúde de um modo ou outro. Mas você nem precisa concordar com elas para concordar com o claro e indisputável fato de que nós não necessitamos comer produtos animais para ter uma vida saudável. É uma questão de preferência de paladar, e nada mais.
E a criação de animais para consumo é um desastre ambiental.
A melhor — na verdade, a única — justificativa que temos para infligir sofrimento e morte a 56 bilhões de animais anualmente (sem contar os peixes) é que eles têm um sabor gostoso. E não importa se você come produtos animais convencionais ou a carne e outros produtos animais “felizes” promovidos pelos diversos grupos e defensores do bem-estar animal que estão tentando fazer o público se sentir melhor quanto a consumir animais: todos os animais que usamos para comida, inclusive aqueles que são criados e mortos do modo mais “humanitário” possível, são tratados e abatidos de cada maneira que, se houvesse humanos envolvidos, seria, sem dúvida, caracterizada como constituindo tortura.
O fato de que você paga uma outra pessoa para fazer o trabalho sujo é moralmente irrelevante. Eu leciono Direito Penal. Se você pagar alguém para matar outro humano, tente dizer ao juiz que o matador de fato apreciou o ato de matar mas que você apenas pagou por aquilo. O juiz vai lhe dizer que vocês dois são culpados pelo assassinato. Vocês dois são igualmente culpáveis.
Não vou me preocupar em comentar sobre calçados e mobília. De novo, essas escolhas não refletem nada que tenha mais peso moral do que a moda, e a moda não tem nenhum peso moral.
Quanto a Michael Vick, conforme já argumentei, Vick aparentemente gostava de ficar na frente de uma arena vendo os cachorros lutarem; os restantes entre nós gostam de ficar na frente da churrasqueira assando a carne de animais que, mesmo na melhor das circunstâncias, tiveram uma vida e uma morte piores do que os cachorros de Vick. Criticar Vick por seus atos moralmente injustificáveis, enquanto temos uma conduta que não é diferente moralmente, não passa de hipocrisia.
Perdão, Mr. Sorkin, mas, como um adepto de políticas progressistas que acha Sarah Palin objetável em tantos níveis que até perco a conta, digo que desta vez ela está certa. Você não está em posição moral de criticar o que ela fez.
Eu pediria que você considerasse tornar-se vegano. É fácil; é melhor para sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Sinceramente,
Gary L. Francione
Professor, Rutgers University School of Law – Newark
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Comentário nº 22: a Rede de Defesa da Paz e a Campanha Promessa Vegana

Postado por Gary L. Francione em seu blog/podcast em 30 de novembro de 2010

Caros(as) colegas:
A Peace Advocacy Network [Rede de Defesa da Paz] foi fundada em 2010 como um grupo de base completamente administrado por voluntários, que trabalha pela ausência de violência na vida dos animais — tanto os humanos quanto os não humanos.
Um dos projetos da Peace Advocacy Network (PAN) é a Vegan Pledge [Promessa Vegana]. Do website da PAN:
A Vegan Pledge começou no Reino Unido. Membros do conselho da Peace Advocacy Network trouxeram a Pledge à Filadélfia no ano passado [2009], e com grande sucesso. Trinta pessoas não veganas prometeram ser veganas durante 30 dias com o programa de apoio da Pledge. Esse apoio incluiu encontros semanais consistindo de aulas de culinária, palestrantes ligados ao ambiente e à saúde, um mentor pessoal (veganos experientes) e eventos sociais de apoio, além de um incrível pacote de cuidados para que ser vegano durante 30 dias fique muito mais fácil. Este ano, a Pledge está se expandindo para outras cidades, e nós precisamos de você.
A presidente da PAN, Leila Fusfeld, diz: “Embora a Vegan Pledge, em si, só dure um mês, o programa está planejado para dar aos participantes as ferramentas e o conhecimento para ajudá-los a permanecer veganos por toda a vida”.
A PAN é um exemplo de grupo que faz a conexão entre as questões dos direitos humanos e dos direitos animais e a importância da não violência. O projeto Vegan Pledge da PAN é um estimulante exemplo de promoção criativa e não violenta do veganismo. Neste Comentário, Leila Fusfeld junta-se a mim para explicar mais sobre a campanha Vegan Pledge e como você pode levar essa estimulante campanha à sua comunidade.
Para mais informação sobre a Vegan Pledge, clique aqui. Se você já for vegano(a) e estiver interessado(a) em ser mentor(a), palestrante ou demonstrador(a) de preparação de comida, clique aqui. Se quiser apoiar esse esforço patrocinando uma promessa, entre em contato com a Peace Advocacy Network.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O veganismo segundo um poeta árabe medieval

Postado por Gary L. Francione em seu blog em 28 de novembro de 2010

Caros(as) colegas:
Um leitor me enviou o seguinte texto, escrito pelo poeta árabe medieval Abu ‘L’Ala Ahmad ibn ‘Abdallah al-Ma’arri, conhecido como Al-Ma’arri. Ele nasceu em 973 e morreu em 1057. Era cego. A tradução inglesa foi obtida aqui.
Já não roubo da natureza*
Você está corrompido em entendimento e religião.
Venha a mim, que poderá ouvir algo de sólida verdade.
Não coma injustamente os peixes que a água entregou,
E não deseje como comida a carne de animais abatidos,
Ou o branco leite de mães que pretendiam dar o gole puro
a seus bebês, não a senhoras nobres.
E não aflija as aves ingênuas pegando seus ovos;
pois a injustiça é o pior dos crimes.
E poupe o mel que as abelhas obtêm industriosamente
das flores de plantas cheirosas;
Pois elas não o guardaram para que pudesse pertencer a outros,
Nem o colheram para servir como recompensa ou presente.
Eu lavei as mãos daquilo tudo; e quem dera
Ter percebido meu rumo antes de ficar grisalho!
Al-Ma’arri
Agradeço à pessoa que me enviou o texto e o compartilho com vocês porque o considero muito inspirador.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É fácil; é melhor para a sua saúde e o planeta. Mas o mais importante é que é a coisa moralmente certa a fazer.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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* Tradução literal da tradução inglesa. (Nota da tradutora).
Tradução: Regina Rheda