Caros(as) colegas:
Você quer ser um eficiente defensor dos direitos animais? É fácil. Eis aqui três passos simples:
Primeiro, torne-se vegano.
Se você considera os animais membros da comunidade moral — se você rejeita a noção de que os animais são coisas — você realmente não tem nenhuma escolha, a não ser parar de usar animais para comida, roupa e outros produtos ou finalidades.
Não dá para você rejeitar a escravidão animal enquanto você estiver participando diretamente da escravidão animal através do seu uso de animais não humanos como recursos dos humanos.
Tornar-se vegano é a coisa mais importante que você pode fazer a fim de ajudar os animais e expressar seu apoio à justiça para os animais não humanos. Tornar-se vegano é aplicar o princípio da abolição à sua própria vida. Tornar-se vegano é dizer “não” à exploração animal.
Não é uma questão de compaixão somente; é uma questão de justiça fundamental. A compaixão pode nos tocar emocionalmente, mas o veganismo é o mínimo que devemos aos animais, como uma simples questão de obrigação moral.
Tornar-se vegano é fácil; é melhor para a sua saúde e para o planeta. E, mais importante ainda, é melhor para o seu espírito porque é a coisa moralmente certa a fazer.
Segundo, pratique a educação vegana não violenta criativa.
Tente conversar sobre o veganismo com ao menos uma pessoa diferente por dia. Você vai descobrir que fazer isso é mais fácil do que você pensa, e que as pessoas são receptivas.
Não caia na armadilha bem-estarista de promover o vegetarianismo. Não há nenhuma diferença entre a carne e os outros produtos animais. Os animais usados para laticínios normalmente são mantidos vivos por mais tempo e tratados tão mal quanto (ou pior ainda do que) os animais usados para carne, e todos eles terminam no mesmo matadouro, de todo jeito. Não promova ovos “felizes” de aves livres de gaiolas, nem carne “feliz”, nem laticínios “felizes”. Tudo isso envolve exploração animal. Não deixe que ninguém venha lhe dizer que o público é idiota demais, ou insensível demais, para levar o veganismo a sério. Isso é uma propaganda elitista que permite que os grupos grandes de bem-estar animal vendam indulgências ao público fazendo as pessoas se sentirem melhor quanto à exploração animal.
Podemos reconhecer que as pessoas “chegarão lá em seu próprio ritmo”, mas nunca devemos aceitar que o “lá” seja menos do que o veganismo. Quem não estiver pronto para se tornar vegano dará qualquer passo provisório que escolher, mas pelo menos a mensagem de que o veganismo é a base moral deve ser clara como a água.
Terceiro, adote um animal sem lar.
Há milhões de animais que necessitam de lares. Nós temos obrigação de cuidar desses animais. Então ofereça um lar a quem você puder: cachorro, gato, peixe, coelho, tartaruga — ou uma vaca, cabra ou galinha — qualquer um.
Adotar é o melhor modo de você trazer amor à sua vida ao mesmo tempo em que faz a coisa certa pelos animais.
Aí está. Defesa dos direitos animais em três passos fáceis. Não requer grupos grandes, nem mulheres nuas dentro de jaulas, nem comercialização de moralidade, nem venda de passes morais.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
Posts relacionados:
Tradução: Regina Rheda