Caros(as) colegas:
Neste fim de semana estarei fazendo duas apresentações na área de Toronto.
Na sexta-feira, 1 de outubro, às 15:30h, estarei discutindo, como parte do evento University of Guelph Philosophy Department Speaker Series, a visão bem-estarista de que os animais não humanos têm um valor moral menor do que os humanos. Segundo os bem-estaristas, de Bentham até Singer e a maioria dos grupos grandes de bem-estar animal, os animais (com a possível exceção de alguns que são parecidos com os humanos, como os grandes símios não humanos) têm interesse em não sofrer mas não têm interesse em continuar a viver. A razão apresentada para justificar esse ponto de vista é que os animais não têm uma consciência de si à maneira dos humanos normais. Os bem-estaristas afirmam que a questão moral principal é o tratamento dado aos animais, e não o uso de animais. É esse pensamento que responde pelo movimento “flexitariano” e “carne feliz”.
Vou argumentar que as noções bem-estaristas sobre a cognição e a consciência de si dos animais são, elas mesmas, especistas, e tomam por resolvida a questão do igual valor moral de todos os seres sencientes e de se a condição dos animais não humanos como propriedade pode ser justificada.
A apresentação no Departamento de Filosofia é gratuita e aberta ao público.
No sábado, 2 de outubro, apresento um texto sobre direitos animais e os problemas com a condição dos animais como propriedade, e também sobre a não violência, num fórum anual de bem-estar animal na University of Guelph School of Veterinary Medicine (11th Annual Animal Welfare Forum).
Muitos defensores dos animais passam seu tempo conversando apenas com outros defensores que pensam de modo parecido com o deles. Isso não vai fazer a coisa avançar. Precisamos estar falando com as pessoas do público geral, inclusive aquelas que adotam uma abordagem bem-estarista mas rejeitam a perspectiva direitos/abolicionista, como os veterinários. No sábado, estarei me ocupando de pessoas comprometidas com o bem-estarismo, e espero pelo menos estimulá-las a pensarem sobre os limites práticos das reformas do bem-estar e os problemas morais do uso de animais (por mais “humanitário” que seja o modo de usá-los) em geral.
O evento na Veterinary School é gratuito, mas é melhor se registrar porque o espaço é limitado.
Se você não for vegano(a), torne-se vegano(a). É muito fácil, melhor para a saúde e o planeta. E o mais importante de tudo é que é a coisa moralmente certa e justa a fazer.
Se você for vegano(a), então eduque os outros de um modo criativo e não violento.
Gary L. Francione
© 2010 Gary L. Francione
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Tradução: Regina Rheda